Re: Troca do Kit de Relação
Enviado: 04 Nov 2013, 11:42
Vou tentar, e se tiver dúvidas, dá um toque!
A relação original da Tenere é 45/13, ou seja, para cada 45 voltas do pinhão (que está ligado à caixa de machas do motor), a coroa (e consequentemente a roda) gira 13 vezes. Isso é uma ferramenta para obter maior rendimento de motores de acordo com a sua característica de torque e potência, por isso temos as marchas, para aproveitar esse torque e potência desde a saída da moto até a velocidade final da moto.
Se dividir 45 por 13, vc obterá o número 3,461..., que podemos arredondar para 3,45 sem maiores problemas e facilita o cálculo. Então a cada giro da roda, o pinhão gira 3,45 vezes. A determinação deste valor pelos engenheiros da fábrica consideram a curva de torque e testes de dinamômetro, além de área frontal e CX (coeficiente aerodinâmico) para estruturar não só esta "relação final", mas também o diâmetro e a relação interna das engrenagens de cada marcha, de moto a otimizar o desempenho da moto de acordo com a curva de torque e potência que ele tem.
Ao alterar o pinhão por um de 15 dentes, a divisão passa a ser 45/15, o que dá exatamente 3. Se dividir 3,45 (relação original) por 3 (relação alterada), vc obtém 1,15, e convertendo isso para porcentagem, te dá um aumento de 15% na relação final, o que é bastante considerando todos os fatores originais.
O velocímetro da T66, assim como na 250, possui um sensor no eixo do pinhão. Então independente de ter um pinhão ali ou não, se vc ligar a moto e acelerar, o velocímetro vai mostrar a velocidade que é presumida, considerando o pinhão, a coroa, o diâmetro da roda e o pneu originais, pois tudo isso foi calculado para a calibração e programação do velocímetro na fábrica. Se vc alterar qualquer um destes itens, vc terá uma divergência entre a distância efetivamente percorrida (erro no hodômetro) e na velocidade instânea, quando comparadas às marcadas no painel.
O que eu fiz na Te250 quando troquei o pinhão: Antes de calibrar, com a relação original, fiz uma calibragem "comparativa", e vi que para uma velocidade de 100km/h, eu estava a aproximadamente 91km/h marcando no GPS. A medição em várias velocidades me fez concluir que o painel da Te250 é calibrado para marcar mais que a velocidade efetiva em 10%. Por que? Várias respostas me vêm à cabeça: Marketing (chega a 151km/h no dinamômetro, mas na prática a 136km/h de velocidade real), segurança do usuário para evitar processos administrativos por excesso de multas (radar pega velocidade efetiva, e não do painel), entre outras.
Então dá pra alterar várias coisas que darão impacto na velocidade real da moto:
> Pinhão = < Torque, > velocidade real para um mesmo RPM do motor;
< Coroa = < Torque, > velocidade real para um mesmo RPM do motor;
> Diâmetro de roda/pneu = < Torque, > velocidade real para um mesmo RPM do motor;
Isso tudo tem influência direta no consumo de combustível, distância percorrida (o que mascara o cálculo do consumo pq mexe em uma das variáveis do cálculo), forma de pilotagem (mais ou menos mudanças de marchas, pois ficam mais curtas ou longas, dependendo da alteração), entre outras.
A relação original da Tenere é 45/13, ou seja, para cada 45 voltas do pinhão (que está ligado à caixa de machas do motor), a coroa (e consequentemente a roda) gira 13 vezes. Isso é uma ferramenta para obter maior rendimento de motores de acordo com a sua característica de torque e potência, por isso temos as marchas, para aproveitar esse torque e potência desde a saída da moto até a velocidade final da moto.
Se dividir 45 por 13, vc obterá o número 3,461..., que podemos arredondar para 3,45 sem maiores problemas e facilita o cálculo. Então a cada giro da roda, o pinhão gira 3,45 vezes. A determinação deste valor pelos engenheiros da fábrica consideram a curva de torque e testes de dinamômetro, além de área frontal e CX (coeficiente aerodinâmico) para estruturar não só esta "relação final", mas também o diâmetro e a relação interna das engrenagens de cada marcha, de moto a otimizar o desempenho da moto de acordo com a curva de torque e potência que ele tem.
Ao alterar o pinhão por um de 15 dentes, a divisão passa a ser 45/15, o que dá exatamente 3. Se dividir 3,45 (relação original) por 3 (relação alterada), vc obtém 1,15, e convertendo isso para porcentagem, te dá um aumento de 15% na relação final, o que é bastante considerando todos os fatores originais.
O velocímetro da T66, assim como na 250, possui um sensor no eixo do pinhão. Então independente de ter um pinhão ali ou não, se vc ligar a moto e acelerar, o velocímetro vai mostrar a velocidade que é presumida, considerando o pinhão, a coroa, o diâmetro da roda e o pneu originais, pois tudo isso foi calculado para a calibração e programação do velocímetro na fábrica. Se vc alterar qualquer um destes itens, vc terá uma divergência entre a distância efetivamente percorrida (erro no hodômetro) e na velocidade instânea, quando comparadas às marcadas no painel.
O que eu fiz na Te250 quando troquei o pinhão: Antes de calibrar, com a relação original, fiz uma calibragem "comparativa", e vi que para uma velocidade de 100km/h, eu estava a aproximadamente 91km/h marcando no GPS. A medição em várias velocidades me fez concluir que o painel da Te250 é calibrado para marcar mais que a velocidade efetiva em 10%. Por que? Várias respostas me vêm à cabeça: Marketing (chega a 151km/h no dinamômetro, mas na prática a 136km/h de velocidade real), segurança do usuário para evitar processos administrativos por excesso de multas (radar pega velocidade efetiva, e não do painel), entre outras.
Então dá pra alterar várias coisas que darão impacto na velocidade real da moto:
> Pinhão = < Torque, > velocidade real para um mesmo RPM do motor;
< Coroa = < Torque, > velocidade real para um mesmo RPM do motor;
> Diâmetro de roda/pneu = < Torque, > velocidade real para um mesmo RPM do motor;
Isso tudo tem influência direta no consumo de combustível, distância percorrida (o que mascara o cálculo do consumo pq mexe em uma das variáveis do cálculo), forma de pilotagem (mais ou menos mudanças de marchas, pois ficam mais curtas ou longas, dependendo da alteração), entre outras.