Mensagem
por Thales » 10 Out 2014, 00:04
Este comparativo não tem fim, hehehehe. Não há quem não passe por esta dúvida na hora de comprar: XRE ou Té?
Para quem mora no interior do Nordeste, acho que a primeiríssima opção é sempre Honda, em função da disponibilidade de peças, ampla rede de oficinas autorizadas, e valor de revenda. Eu sou meio que um caso à parte, pois sou paranóico e quero sempre as coisas funcionando nos parâmentros dentro dos quais foram concebidas. E sem gambiarras. Não sei se é caso de psiquiatra, mas valorizo demais a estabilidade, previsibilidade, etc (por isso, tento convencer as pessoas de que sistemas operacionais Linux são superiores ao Windows, mas tenho pouco sucesso nesta cruzada, rsrsrsrs)
Diante disso, não teve jeito, pendi para o lado da TNR. Acrescente-se o fato de que não confio na grande maioria dos mecânicos que temos por aqui. Os caras vacilam em coisas BÁSICAS demais para que eu fique seguro em aceitar que façam, com alguma frequência, um procedimento relativamente invasivo como é o tal do pastilhamento. Isso para não falar de coisas surreais em um veículo novo como esmerilhamento de válvulas para assentamento. Tudo isso para minimizar os riscos de uma possível e inacreditável TRINCA no cabeçote (!!!). Vocês têm dúvidas sobre se tais coisas ainda acontecem nas 2013/14, mesmo com as "mudanças"? Ok, façam uma breve pesquisa na web, e comparem este motor com o 250 Yamaha (cilindro revestido; pistão e biela forjados; motor indestrutível).
Mas como nem tudo é perfeito, a TNR tem suas desvantagens e eu estou ciente disso. Na prática, as que me chateiam um pouco são a rigidez das suspensões e a necessidade de acrescentar um babageiro com reforço "por fora" (a XRE já vem com o dela de fábrica). A galera reclama dos freios, mas, falando sério, não consigo achar o conjunto problemático a ponto de obrigar o usuário a uma alteração. O traseiro, sim, trava fácil e é preciso pegá-lo com cuidado (o da minha ex-bros também travava), mas o dianteiro me parece normal, mesmo depois de algumas horas de uso. De qualquer forma, ponto para a Honda, que tem freios muitíssimo bem avaliados.
Outra coisa que tive de ponderar bastante foi a questão do combustível. Sendo a TNR a gasolina, eu temo que isso nos traga um custo adicional nos próximos anos (a política neste setor vai mudar em breve). Ainda assim, não parece algo tão preocupante se considerarmos que: 1. O motor da Té é economico, dizem que até mais que o da XRE, pelo que se lê; 2. Eu acho que não rodaria no álcool com o misterioso motor 300 da Honda. Não pelo menos no dia-a-dia. É que como faço distâncias muito curtas, a temperatura ideal de funcionamento do motor não seria atingida nunca. Resultado: consumo alto, desgaste e possíveis engasgos. Talvez o etanol compensasse em viagens, mas, ainda assim, restaria saber como fica a temperatura do cabeçote com este combustível depois de horas de pilotagem.
Por fim, a questão do seguro, mais barato para a TÉ (sim, eu moro no interior e vou fazer seguro).
O resto, tanto de um lado quanto de outro, são para mim questões de somenos. A Té tem bolha para quebrar o vento, farolzão de carro, banco mais largo (porém duro), posição de dirigir muito elogiada, não fica com a frente tão empinada com garupa (isso me deixava puto na Bros). A XRE tem balança e aros em alumínio, dizem ser mais macia no off, arranca na frente por ser mais potente. A TÉ é muito mais bonita que as XRE 2009-2012, mas as Honda 13/14 rivalizam legal com ela.
Então é isso aí povão. A meu ver, botando tudo na balança (de aço, claro), a TÉ tem melhor custo-benefício para quem deseja uma motoca para usar por muito anos. Quem mora no interior pode se sentir um pouco desamparado pelas poucas autorizadas Yamaha que temos. Entretanto, este fórum é o melhor e mais confável suporte técnico para a moto. Podem comprar que a moto é show, e o resto você resolve por aqui.