Dicas de pilotagem em viagens

Aqui ficarão as informações sobre técnicas de direção defensiva (pilotagem) e outras dicas sobre prudência e responsabilidade no trânsito.
Avatar do usuário
rodlima
Participativo+
Participativo+
Mensagens: 544
Registrado em: 26 Abr 2011, 12:58
Cidade onde mora: Cidade/UF
Contato:

Dicas de pilotagem em viagens

Mensagem por rodlima » 15 Out 2011, 20:42

Texto muito bom com diversas dicas de pilotagem de moto em viagens, solo ou em grupo.

Fonte: http://www.motoclubetubaroes.com.br/dicas-de-pilotagem/" onclick="window.open(this.href);return false;

Dicas de Pilotagem

Nunca se viajou tanto de moto no Brasil como nos últimos anos. Uma das maiores motivações para “pegar estrada” é o grande aumento de encontros motociclísticos, eventos de confraternização e diversão para os apaixonados por duas rodas, hoje promovidos em quase todas as regiões do país – principalmente no sudeste e sul.

Um desses cuidados, senão o mais importante é ter tido um aprendizado satisfatório das leis de trânsito e ter tido uma escala crescente no uso de motos, ganhando aos poucos a experiência necessária para uma pilotagem segura. Melhor seria que todos iniciassem com motos de baixa cilindrada e ao longo dos anos fosse gradativamente subindo de potência e com isso familiarizando-se com as diversas facetas que a pilotagem de um veículo de duas rodas extremamente rápido exige. Comprar uma moto, principalmente se for uma esportiva, de alta cilindrada e partir para curtir a adrenalina provocada pelas altas velocidades é um suicídio e muito tem contribuído para aumentar as estatísticas de acidentes graves nesse nosso país.

Fica então essa primeira dica: Sejam precavidos ao escolher suas motos e levem em consideração suas experiências e capacidades de pilotá-las.

Pilotar uma moto de forma segura e com a técnica correta exige sempre muita atenção a tudo o que se passa em sua volta, um preparo físico dentro de padrões aceitáveis e cuidados com a manutenção do veículo, pois mesmo o melhor piloto do mundo nada poderá fazer se, por exemplo, o freio apresentar problema e a moto não parar…

A experiência também conta. Pois com o passar dos anos, o motociclista vai aprendendo a “dominar” melhor seu veículo. Para encurtar esse caminho preparamos várias matérias com muitas dicas.
Todo bom piloto sebe a importância de usar um bom equipamento de proteção e de ter o vestuário adequado ao tipo de uso e estilo da moto. Capacetes, botas, luvas, jaquetas, macacões e roupas especiais devem ser escolhidas com critério. Nem sempre o mais barato oferece a proteção mínima exigida e nem sempre o mais cara é garantia de qualidade. Evoluir em pilotagem também significa usar equipamentos adequados, confiáveis e de boa procedência.

Nós aconselhamos que todo motociclista faça uma inspeção periódica na moto, checando freios, embreagem, folgas em manetes e pedais, sistema elétrico (farol e pisca), calibragem dos pneus e ajuste dos espelhos, retrovisores. Para ele, isto é um grande passo para que “imprevistos” não prejudiquem a pilotagem e a segurança.

Na visão de motociclistas experientes há mais segurança pilotando nas estradas, em velocidade de cruzeiro 120 km/h, do que no trânsito das grandes cidades.

A boa postura – com coluna ereta, braços relaxados (levemente dobrados para baixo), pés paralelos ao solo e sempre próximos ao freio e pedal de câmbio – é fundamental para reações mais rápidas caso necessário, além de cansar menos o piloto. Nas curvas o principal é entrar sempre em velocidade compatível com o tipo de moto e piso. “A mesma curva é muito diferente de ser feita com uma moto super esportiva, uma custom ou ma trail. Cada uma delas tem seu limite. Saber disso é dever do piloto”, avisa.

A maioria dos motociclistas ficam surpresos ao saber que “empurrar” o guidão no sentido contrário ao da curva, ou seja, para “fora”. Essa manobra é chamada “contra-esterço”. A maioria o faz inconscientemente, pois esta é uma reação natural ao efeito giroscópio das rodas.

O efeito giroscóspico surge em velocidade superior a 35 km/h e se torna mais intenso quando maior for à velocidade. É um fenômeno físico criado pelo movimento giratório das rodas da moto. Sua tendência é mantê-la em pé e rodando em linha reta enquanto existir movimento e velocidade.
A curvatura externa existe nos pneus de motos, também ajuda quando o piloto realiza o “contra-esterço”, eliminando a tendência de a moto se manter em linha reta, forçando-a a inclinar-se e “deitar’ par o lado de “dentro” da curva. Mas isso somente funciona quando a velocidade é superior a 35 km/h, dependendo do tipo de moto e do tamanho de suas rodas, já que quando maior for esse diâmetro maior o efeito giroscópio. Em velocidade inferiores a 35 km/h a moto reage como uma bicicleta.
Ao forçar levemente o guidão para o lado contrário ao da curva, o piloto facilita o controle da moto, equilibrando as forças que atuam sobre ela. Parece contraditório, mas o “contra-esterço” serve para ajustar a moto à velocidade e a o raio da curva, podendo fazê-la “deitar” mais ou menos, conforme a necessidade.
Quando mais força de contra-esterço o piloto aplicar sobre o guidão, mais a moto deitará e fechará a curva. A manobra é importantíssima para quem pilota em alta velocidade, mas também extremamente útil em situações normais.
Mais é na hora de fazer a curva que se conhece o bom piloto, já que nas retas exige-se pouca habilidade. E cada estilo e tamanho de moto apresenta um limite diferente quando o assunto é curva.

Fazer uma curva também envolve física, pois duas forças básicas atuam na moto. A da gravidade (peso da moto e a do piloto) que com a moto inclinada, a comprime contra o chão. E a força centrífuga que, devida a velocidade “empurra” a moto para fora da curva. Essas duas forças agem sobre a suspensão e os pneus. É do equilíbrio entre elas e da aderência dos pneus à superfície que depende uma curva bem feita.

Quanto maior e mais pesada a moto, mais ela sofrerá com a força centrífuga. O mesmo ocorre com a velocidade: quanto mais rápido mais se sente o efeito da força centrífuga. Tem mais: quanto mais fechada a curva, maior será a ação da força centrífuga.

A arte de fazer a curva.

O segredo de uma curva bem feita é reduzir a velocidade antes de “entrar” – se for necessário frear, use os freios dianteiro e traseiro ao mesmo tempo, antes da curva-inclinar a moto e corpo de acordo com necessidade, manter aceleração constante e só aumentar a aceleração depois de terminada a curva.

O RÍTMO CERTO PARA SUA MOTO:

VELOCIDADE DE CRUZEIRO

Assim que entrar na estrada, procure estabelecer uma velocidade de cruzeiro compatível com os limites legais da rodovia, possibilidades de desempenho de sua moto e sua própria habilidade. Nas motos de baixa cilindrada (e algumas de média cilindrada), a velocidade de cruzeiro não deve ser maior que 70% da sua velocidade máxima.

Nas motos maiores e mais potentes, o limite é o do bom senso, com atenção à sinalização de velocidade máxima permitida na rodovia. Qualquer moto acima de 500 CC roda muito bem dentro d faixa de 110 ou 120 km/h, as máximas na maioria das rodovias brasileiras.

Veja, seja visto: esse lema de segurança também vale muito na estrada. A primeira medida é ligar o farol assim que sair de casa. Com o farol ligado, mesmo de dia, a visualização da moto fica muito mais fácil pelos motoristas que vão à frente. Fique atento também a veículos mais rápidos que possam estar se aproximando atrás.

Evite ficar nos ângulos “mortos” de visão – locais onde o motorista não consegue enxergar a moto, como atrás da carroceria de um caminhão, por exemplo. Uma maneira boa de se saber se está ou não no ângulo morto de um veículo é observar se você está vendo a face (região dos olhos) do motorista. Se você não a estiver vendo, cuidado, ele também não pode te ver.

Algumas motos mais potentes, como as superesportivas e esportivas turismo, são capazes de acelerar e atingir grandes velocidades em poucos segundos. Com tal capacidade, as ultrapassagens podem ser feitas com maior segurança utilizando-se espaços menores.

Porém, o piloto deve redobrar seus cuidados ao realizar a manobra, sinalizando com piscas e até com o farol, se necessário, pois os demais motoristas podem não perceber a aproximação rápida demais, mudando de faixa de repente simplesmente por não ver a moto. Nunca ultrapasse pelo acostamento e atenção redobrada, quando houver necessidade de ultrapassagem pela direita em rodovia com mais de uma pista em cada sentido.

COMO VIAJAR EM GRUPO:

ORGANIZAÇÃO

Atualmente, viajar em grupo está se tornando uma verdadeira mania, graças aos inúmeros encontros de motociclistas que acontecem em quase todas a regiões do Brasil. Organizar as diversas formas de várias motos seguirem juntas, mas com segurança, é fundamental. Veja algumas dicas para todo mundo curtir melhor a viagem.

Procure manter-se a uma distância segura das outras motos (três metros, no mínimo) e sempre dentro do campo de visão do motociclista que vai à frente, evitando ficar exatamente atrás de sua moto, muito próximo ou lateralmente muito afastado (por exemplo: transitando em outra faixa da rodovia), fazendo com que o motociclista à sua frente fique preocupado com seu posicionamento e dificulte qualquer manobra lateral de emergência.

Em rodovias com três ou mais faixas de tráfego, o grupo de motos deve ocupar a faixa da direita, de maneira e ficar no campo de visão uns dos outros: uma à direita, outra à esquerda, e assim sucessivamente.

Em rodovias de mão dupla ou de duas faixas de rodagem, o grupo de motos deve se posicionar em fila indiana.

Num grupo muito numeroso, é conveniente separar as motos em subgrupos de cinco motos no máximo. Cada subgrupo poderá ficar distanciado dos demais em até 500 metros.

Nas ultrapassagens, o grupo deve manter seu posicionamento, aguardando que, uma a uma, cada moto realize a manobra com segurança.

Quando dois ou mais motociclistas viajam juntos é interessante utilizar gestos e sinais padronizados para se comunicarem de maneira rápida e precisa. Cabe ao piloto da primeira moto (O capitão de estrada) alertar sobre os obstáculos e indicar o caminho a ser seguido pelos demais e ele pode e deve ser ajudado por um ou dois motociclistas também experientes que são os Ferrolhos. São deles as tarefas mais complicadas, que exige responsabilidade e atenção redobrada.

Com o tempo os integrantes de um grupo de motos vão se conhecendo melhor e até mesmo um balançar de cabeça poderá ser interpretado como mensagem pelo colega ao lado.

BAGAGEM COM MAIS SEGURANÇA:

Quando o assunto é viagem, a arrumação da bagagem tem dupla importância: a primeira é de ordem pessoal, pois se refere ao tamanho da bagagem, o que realmente importa levar de acordo com o tempo que se planeja ficar fora. A regra é simples: leva-se o que absolutamente necessário, evite exageros, pois quanto menos peso, melhor; A segunda envolve segurança, pois a bagagem deve ser bem distribuída na moto, sem concentração de peso em um só ponto, sob pena de comprometer a pilotagem. Atualmente, existem inúmeras bolsas, Alforjes, maletas e bauletos próprios para viagens de moto, além de plataformas e bagageiros para sacolas convencionais.

DE CASA PARA A ESTRADA:

MINUTOS CRÍTICOS

Parece incrível, mas é verídico: boa parte dos acidentes com motos acontecem a menos de três minutos de distância do ponto de partida ou de chegada, devido a distrações na pilotagem. Em parte, isso se explica pela excitação no momento da partida ou um certo relaxamento já próximo ao destino. Portanto, dentro de um território conhecido.

Uma das melhores maneiras de concentrar-se é estar plenamente ciente de que “a viagem realmente já começou”. Mesmo que as ruas e avenidas ainda lhe sejam familiares, procure imagina-las como se fossem de uma localidade distante observando toda a movimentação à sua volta constantemente. Dê atenção especial aos cruzamentos e semáforos (ou sinais).

Problemas pessoais ou assuntos pendentes de resolução devem ser esquecidos durante a pilotagem. Procure “desligar-se” desses pensamentos, concentrando-se no caminho que terá pela frente, pois sua segurança e de seu grupo dependem disso.

Se for necessário, leve mapas ou cópias de guias rodoviários com indicações de entroncamentos rodoviários e entradas e saídas das cidades desconhecidas. Procure mentaliza-los. Mas, se precisar consultá-los durante a viagem, lembre-se de estacionar em local seguro. Geralmente, postos de gasolina são locais apropriados para essas paradas e os funcionários poderão ajudar com informações.

Nos primeiros quilômetros, procure sentir as reações da moto em frenagens, curvas, acelerações, verificando se tudo funciona corretamente. Confira se a bagagem está bem posicionada e se a garupa (se houver) está bem acomodado e seguro. Se alguma anormalidade for notada, corrija antes de iniciar realmente a viagem. Não se arrisque a ter problemas na estrada.

AS CONDIÇÕES MAIS DIFÍCEIS:

CHUVA

A chuva é o maior inconveniente nas viagens de moto. Se isso acontecer à noite, então, a dica é não seguir viagem – a não ser que a estrada seja plenamente segura, você esteja bem protegido e faltar pouco para o local de destino. Do contrário, procure um lugar para dormir.

Veículos trafegando em sentido contrário, com o pára-brisa molhado, são o melhor aviso de que a chuva à frente. Comece a preparar-se para enfrentá-la. Não deixe pra vestir seu macacão impermeável somente no momento em que “encontrá-la”.

Assim que a chuva começar, pare e espere que molhe a pista, lavando todos os detritos de óleo e areia que possam existir.

Sob a chuva, reduza a velocidade e passe a frear com maior sensibilidade e menos potência. Se pressentir o início de travamento de uma das rodas, “alivie” o freio, voltando a acioná-lo até concluir a manobra.

Procure não passar os sustos que você levar por qualquer motivo para o guidão da moto, não dar alicatadas no freio dianteiro! Isso com certeza o levará ao chão.

Trafegar em pista molhada exige muito cuidado. Por exemplo: à distância de frenagem chega a ser 50% superior ao que seria necessário em pista seca. Adote uma postura defensiva e antecipe-se a situações de risco freando antes do que seria o normal.

O “spray” de água e detritos, levantados pelos pneus dos outros veículos, suja a viseira do capacete. Tenha sempre pedaços de papel absorvente ou papel higiênico que limpa sem riscar.

A chuva pode penetrar na bagagem e molhar as roupas. Para evitar isso, coloque sempre suas roupas (e também objetos) dentro de sacos plásticos antes de acomodá-los na bolsa ou alforje.

Se você for fazer uma viagem muito longa, é aconselhável rodar no máximo 600 km por dia (ou menos), pois se rodar mais que isso vai se desgastar, correr riscos e não vai aproveitar a viagem.

NOITE

Viajar a noite não é o mais recomendável. Tudo fica mais difícil, desde um abastecimento a até um socorro mecânico. A atenção deve ser redobrada e nem sempre é possível enxergar “armadilhas” como buracos e manchas de óleo. Mas se for inevitável, viaje descansado, pois o cansaço, principalmente à noite, pode ser muito perigoso.

Nunca saia à noite sem que farol, piscas e lanternas estejam em perfeitas condições. O farol (ou faróis) deve ser regulado caso você esteja com garupa e bagagem, pois com mais peso, a moto fica mais baixa e o facho de luz sai do ajuste ideal.

Procure ter a viseira do capacete em perfeitas condições. Viseira suja e muita riscada acaba criando distorções e reflexos inconvenientes com a luz vinda dos outros veículos. Isso limita a capacidade de visão.

Procure fazer com que as paradas para descanso sejam em postos de gasolina ou outros lugares seguros e bem iluminados. Evitem paradas nos acostamentos das estradas.

Sendo preciso parar no acostamento à noite, procure afastar-se o máximo possível da pista. Para ser visto pelos demais veículos, mantenha a lanterna ligada e os pisca-piscas sinalizando alerta.

FRIO

O frio pode se tornar um grave problema se for preciso enfrentá-lo por horas seguidas. A baixa temperatura pode causar a hipotermia em mãos e pés, ou seja, o “congelamento” desses pontos, com perda da sensibilidade e da movimentação – o que pode ser muito perigoso.

Para proteger-se, o ideal é usar sob as luvas de couro, luvas de tecidos, ou, por cima das luvas de couro, luvas cirúrgicas de borracha para impermeabilizar. Nos pés, meias e uma proteção com plástico por dentro da bota para evitar a umidade.

Em cima da moto, a temperatura “sentida” pode chegar a ser de até cinco graus centígrados menor do que a temperatura ambiente. Por isso, agasalhe-se prevendo essa diferença de temperatura.

A respiração, no frio, pode causar o embaçamento da viseira. Nesse caso, a dica é passar a respiração pela boca, direcionando o ar para a parte inferior do capacete.

DEZ MANDAMENTOS PARA UMA BOA VIAGEM:

1. Faça uma boa revisão mecânica e elétrica na sua moto antes de viajar.

2. Tenha sempre consciência de seus limites e dos limites da moto.

3. Procure descansar antes de uma viagem.

4. Não exagere na bagagem e arrume-a de forma organizada na moto.

5. Não consuma bebidas alcoólicas antes de sair para viajar e nem durante a viagem.

6. Não prossiga se estiver se sentindo cansado.

7. Façam paradas para descanso, respeitando a sua resistência física.

8. Não se alimente com comidas pesadas durante a viagem.

9. Só viaje a noite se as condições da moto e da estrada permitirem.

10. Evite mostrar que você é “o melhor, o mais rápido, o mais tudo” durante uma viagem em grupo, seja o mais inteligente.

Estas dicas com certeza farão alguma diferença para você.

Racing30
Visitante
Visitante

Re: Dicas de pilotagem em viagens

Mensagem por Racing30 » 15 Out 2011, 21:23

:thumbup: :thumbup: :thumbup:

guilherme.asf
Visitante
Visitante

Re: Dicas de pilotagem em viagens

Mensagem por guilherme.asf » 09 Jun 2012, 21:02

Já havia lido este texto, leitura recomendada.... :joinha:

:thumbup:

Aranha Lankaster
Visitante
Visitante

Re: Dicas de pilotagem em viagens

Mensagem por Aranha Lankaster » 21 Jul 2012, 23:03

Muito boa as dicas... Logo estarei fazendo minha viagem para machuu pichuu-peru, essas dicas serao boas...

Responder