Vagando pelos confins da internete, bati com essa publicação:
Lee, P.M. and Priest, M. (2004) An innovation integrated approach to testing motorcycle drive chain lubricants.
Um possível link é
http://eprints.whiterose.ac.uk/4869/1/leepm7.pdf
Testam corrente comum de moto, sem o'ring, com:
- lubrificante tipo "spray de graxa", contendo graxa dissolvida em propelente;
- lubrificante tipo "spray de teflon", contendo teflon "y otras cositas más" em propelente;
- lubrificante tipo contínuo, pinga pinga, com óleo SAE80W, um pouco mais fino que o SAE90 usual;
- sem lubrificante.
Para quem não tem saco de ler o texto, as figuras e gráficos são legais.
Chamo atenção para:
- Ambiente de teste controlado em sujidades, atmosfera, temperatura, tensão na correste, para dar repetibilidade.
- O teste não se restringe a quantificar o desgaste da corrente. Avalia também a eficiência mecânica da transmissão, ou seja, as perdas de energia na corrente em função do lubrificante (ou da ausência deste), e também a perda de massa da coroa e pinhão.
- Na página 5, figura 5, gráficos da perda de massa (desgaste) da coroa, pinhão e corrente, nessa ordem. Graxa ganha na conservação da coroa/pinhão, óleo ganha na conservação da corrente. Sem lubrificante é bem ruim.
- Na página 7, figura 6, gráfico da elongação da corrente. (critico a precisão da medição; acho que dava para fazer melhor) Vitória do óleo 110; teflon e graxa empatados em segundo, 2x pior. Sem lubrificação foi um desastre.
- Na página 7, figura 7, economia de potência ao usar cada lubrificante comparado a não usar nada. Vitória para óleo, com teflon em 2º e graxa em 3º.
- Os testes se deram em temperatura maior que a usual em motocicletas, em razão da caixa fechada. Nas correntes, observaram 100 a 105°C, ao invés da temperatura usual de 50 a 60°C. Em razão disso a quilometragem dos testes foi reduzida, e ao invés dos 20 mil km, interromperam o teste antes.
Finalmente, o teste mostra superioridade do óleo 110 sobre os sprays, e mostra também que não devemos rodar com a corrente seca - qualquer coisa é bem melhor que nada.
(editado para corrigir a viscosidade real do óleo)